Foto: Rfaelin Poli
Ao observar que o percurso de minhas investigações estava cada vez mais distante de minha experiência artística, foi me indicado o arquiteto Walter Gropius, mais especificamente o seu livro Bauhaus: Novarquitetura , devido sua relação estreita com as artes, sobretudo com o Teatro. Gropius vê que os projetos urbanos devem proporcionar intercâmbio, ou seja, construir ambientes e edificações nos quais os cidadãos possam relacionar-se melhor entre si integrando-se democraticamente a cidade. Ele buscou na Arte e na Ciência uma proposta filosófica para a “solução dos problemas espaciais e da forma.” (LIMA,1999). Para ele o espaço era local de infinitas possibilidades de criação artística construindo de forma “democrática, funcional e não-hierárquica” (LIMA,1999) condições melhores de vida para os cidadãos.
Contudo, minha orientadora indicou outro universo que Walter Gropius buscou, este mais especificamente dentro das Artes Cênicas: Teatro da Totalidade (Totaltheater). Junto de Erwin Piscator , Gropius projetou um espaço cuja “arquitetura é concebida em função da ação cênica e no qual o público não é apenas espectador, mas participante do espetáculo.” (LIMA,1999) Mais que um centro educativo-social este espaço tinha como objetivo a integração ente artista e público, que segundo Gropius “tem função preponderante de promover a comunhão social, eliminando praticamente a distinção entre palco, platéia, atores e espectadores.” (LIMA,1999).
Gropius e Piscator queriam “uma construção ‘totalmente’ concebida pelo jogo teatral, na qual o espectador, centro espacial, é cercado por um palco total, é ‘totalmente’ confrontado com ela”, sendo que “dentro desta acepção, o teatro total é, portanto, a fusão perfeitamente homogênea de todas as artes figurativas”(PAVIS, 2005). Porém estes dois artistas pensavam na construção de um espaço fechado para que acontecesse a integração entre público e artista. Diferentemente, o que pretendo é a apropriação de espaços públicos para proporcionar tal fusão. E como o teatro tem a capacidade de fundir todas as artes, aglomerar outras linguagens e produzir encontros entre os corpos, retomei a pesquisa a partir da área que tenho conhecimento – Teatro - para deste modo desenvolver efetivamente as práticas intervencionistas, que tentava delinear, nos espaços públicos de Curitiba.
Contudo, minha orientadora indicou outro universo que Walter Gropius buscou, este mais especificamente dentro das Artes Cênicas: Teatro da Totalidade (Totaltheater). Junto de Erwin Piscator , Gropius projetou um espaço cuja “arquitetura é concebida em função da ação cênica e no qual o público não é apenas espectador, mas participante do espetáculo.” (LIMA,1999) Mais que um centro educativo-social este espaço tinha como objetivo a integração ente artista e público, que segundo Gropius “tem função preponderante de promover a comunhão social, eliminando praticamente a distinção entre palco, platéia, atores e espectadores.” (LIMA,1999).
Gropius e Piscator queriam “uma construção ‘totalmente’ concebida pelo jogo teatral, na qual o espectador, centro espacial, é cercado por um palco total, é ‘totalmente’ confrontado com ela”, sendo que “dentro desta acepção, o teatro total é, portanto, a fusão perfeitamente homogênea de todas as artes figurativas”(PAVIS, 2005). Porém estes dois artistas pensavam na construção de um espaço fechado para que acontecesse a integração entre público e artista. Diferentemente, o que pretendo é a apropriação de espaços públicos para proporcionar tal fusão. E como o teatro tem a capacidade de fundir todas as artes, aglomerar outras linguagens e produzir encontros entre os corpos, retomei a pesquisa a partir da área que tenho conhecimento – Teatro - para deste modo desenvolver efetivamente as práticas intervencionistas, que tentava delinear, nos espaços públicos de Curitiba.
3 comentários:
Muito legal seu trabalho.
estou fazendo um trabalho ""parecido"" em meu Trabalho final de graduação, em arquitetura e urbanismo, tive as mesmas referencias de autores ..e a proposta é intervir em algum espaço publico da minha cidade... porem intevir com arte/arquitetura...
(mas bem q eu queria mesmo era intervir com o corpo.. mas td bemm)
Bem legal a iniciativa. Abraços
Olá Benéia!!!
Fico feliz por ter gostado do meu projeto...E mais feliz ainda que vc vem da área da arquitetura e urbanismo está disposta a "intervir" na cidade! Entendo que vc, enquanto pessoa, já intervem com seu corpo mas não tem como trabalha-lo...Escute, vc poderia lançar propostas para amigos, ou mesmo pro pessoal das artes cênicas da USC de Bauru! acho que poderia rolar algo bom...
Bem, a gente tb pode se falar mais e trocar figurinhas. Eu sou de Rio Claro/SP, tenho amigos em Bauru...podemos fazer intercâmbios! ANote meu e-mail: negra.silva@yahoo.com.br
Olá!
Sou diretor de teatro em Fortaleza-CE e fiquei muito feliz por encontrar este blog, e saber que você empreende uma pesquisa - o teatro e a cidade - na mesma linha que eu e meu grupo.
Gostaria muito que pudéssemos nos comunicar, uma vez que estou prestes a começar um novo processo, junto com meu Coletivo teatral, de relação do teatro com a cidade e do teatro como "a arte da cidade". Já vi, por algumas de suas referências, como Gropius, que há muito o que conversarmos e trocarmos.
Poderia entrar em contato?
tarrais@bol.com.br
Um abraço!
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