Fotos por Raul Freitas
Outubro,2009
A arquiteta e urbanista Paola B. Jacques e a profissional em dança Fabiana D. Britto afirmam em seus textos relacionados ao tema arquitetura, urbanismo e arte, que corpo e cidade, mesmo que involuntariamente, se relacionam. Se corpo e cidade se relacionam, logo corpo e natureza também. O corpo lê as interações do ambiente devolvendo em diversas expressões que podem ser voluntárias ou não. O corpo tem a capacidade de apropriar-se, adaptar-se e devolver ao ambiente em respostas aos estímulos. Esse processo pode ser cartografado. Cartografia corporal é a experiência inscrita no corpo em diversas épocas vividas por ele, pelo qual o define o que é perante aquele espaço. Este fenômeno foi denominado por Jacques e Britto de Corpografias Urbanas. Prosseguindo, crêem que as manifestações corporais denunciam o movimento urbano que muito vem sendo espetacularizada por um processo globalizado chamado Cenografias Urbanas.
Será que estão espetacularizando nossas florestas? Nossos catadores de papel? Nosso sistema de consumo exagerado de produtos? Nossa vida desregrada?
Se o meio configura o corpo, que corpo é este que habita a cidade de Curitiba? Que a muitos é considerada fria, cinza e chuvosa... Direcionar a culpa aos fenômenos climáticos é algo benéfico?
Puxemos a responsabilidade para os únicos agentes de transformação, tecnicamente, chamados de racionais: Nós, seres humanos!!!
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